sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ganhadora da obra de Kátia Costa

Durante a abertura da exposição [MOVE_VERSÃO_2.0_PED] dia 21 de maio de 2009, Katia Costa sorteou um trabalho de sua autoria.


A ganhadora foi Sandra Seewald, de Novo Hamburgo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Katia Costa inaugura exposição dia 21 de Maio



A partir da próxima quinta-feira, dia 21 de maio, às 19h, a Galeria Lunara inaugura exposição de Katia Costa, intitulada [MOVE_VERSÃO_2.0_PED], que reúne montagens de imagens em P & B, formando quebra-cabeças onde o movimento e o gesto de montar, organizar e repensar as peças, formou mosaicos com novas imagens com características próprias e informações variadas.
As imagens foram obtidas através da captura de imagens de deslocamentos, com o objetivo de formar “linhas de composições geométricas”, narrativas que ilustram trajetórias fictícias, linhas e formas montadas, para formar um novo espaço.

Katia Costa é fotógrafa e artista plástica. Bacharel em Artes Plásticas, com ênfase em Fotografia, pela UFRGS, atualmente cursa Licenciatura em Artes Plásticas, na mesma instituição. Trabalha com a fotografia, instalação, escultura e gravura. Fundou o Atelier de Arte Plano B, onde desenvolve seus trabalhos. Já realizou diversas exposições individuais e coletivas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais e Itália, tendo sido premiada em diversos Salões, dentre eles: Prêmio Aquisição 18º Salão de Artes Plásticas Câmara Municipal de Porto Alegre, Prêmio aquisição no 7º Salão Nacional de Arte de Jataí, Go , indicada ao Prêmio Açorianos de Arte Visuais 2007, Prêmio Exposição no VII Concurso de Artes Plásticas Contemporâneas 2006, Goethe-Institut Porto Alegre, Vencedora Regional do 18º Salão Jovem Artista, dentre outros.

LINHAS DE PERCURSO

O foco deste texto é trazer reflexões sobre a série de fotografias da artista Kátia Costa, intitulada [MOVE_VERSÃO_2.0_PED], criada pela repetição de imagens que se articulam para compor conjuntos de trabalhos da exposição. Com a intenção de elucidar questões relativas à práxis, é pertinente analisar o processo criativo por meio do qual a obra se faz e, inclusive, o conceito de repetição como o seu instaurador.
O gesto formalizador dos grupos de imagens é dirigido para provocar uma reação no imaginário de quem olha, já que as estruturas labirínticas instigam a pensar os seus significados. Cada conjunto fotográfico contém em si repetições de imagens, em que a ordem formal é escolhida dependendo do peso de suas semelhanças e diferenças.
O que Kátia pretende é organizar desenhos geométricos construídos por linhas horizontais e verticais. Essas linhas de percurso não indicam um caminho único para fruir a obra, pois o percurso linear permite deslocamentos em todos os sentidos: de cima para baixo, da esquerda para a direita em uma tentativa de reconhecer o significado das associações entre as imagens. Esse primeiro contato com as fotografias suscita um desejo de buscar novas correspondências diante do que vemos, ou seja, um novo recorte que objetiva o todo. Entre as linhas de fotos justapostas, surgem pequenos intervalos, espaços vazios, que condicionam a uma parada estratégica, visto que o olhar fica suspenso para depois partir em nova investida de fruição. As linhas surgem do arranjo dos elementos e tecem um fino jogo, em que os sentidos captam e subvertem as imagens em infinitas possibilidades para o olhar.
O processo artístico revela-se, ao mesmo tempo, criação e descoberta. Na obra em desenvolvimento, surge o acaso e muitas vias para a sua execução, todas parecendo instigantes e sedutoras. O trabalho começa a se construir fisicamente depois que a captura das imagens é feita e processada. Essas fotografias são narrativas de trajetórias fictícias originadas do movimento de alguém caminhando em determinado lugar. O quebra-cabeça sugerido por Kátia está revestido de senso lúdico, no sentido de jogo formal, e, também, de prazer pelo jogo, apontado quando ela monta e remonta, distribuindo as peças para gerar um novo espaço. A cada nova série, as imagens incorporam características próprias e portam novas informações.
A estrutura da obra, geometrizada e ordenada, transforma-se em uma unidade na qual a diversidade e a semelhança criam tensões em seu interior. A natureza híbrida de sua compleição faz emergir repetições significativas, isto é, cada linha elaborada nunca mais será a mesma, uma vez que ela não retorna ao mesmo lugar. Kátia procura a variação por meio da repetição em que o sentido do “eterno retorno” aparece como uma reiteração, pois o que sucede é sempre diferente do que já foi visto. As imagens que fundamentarão a obra são as responsáveis pelo desencadeamento de novas obras, produzindo uma série a partir de diferenças, aproximando-as do conceito de repetição que interessa à arte. Deleuze nos diz que “toda repetição é transgressão” (1988, p.24), já que ela é paradoxal à individualidade do objeto único.
Kátia Costa propõe uma viagem por intermédio de um jogo de imagens e nos mostra a versatilidade do trabalho tramado por meio da linguagem fotográfica. A imagem estática nos é dada em movimentos, percursos e metáforas, indicando uma obra sempre inacabada, em constante devir, porque, a qualquer momento, ela pode ser retomada, metamorfoseada e, por essa razão, adquirir novos significados.

Ana Zavadil – Curadora de Arte

Referências
Deleuze, Gilles. Diferença e repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Strictly de Jason Evans

O inglês Jason Evans, apresenta na Galeria Lunara , a partir de 16 de abril, obras realizadas em 1991.Publicadas na revista i-D, as fotos de Evans mostram uma série de dândis negros na periferia de Londres. Transformadas em um emblemático registro do multiculturalismo londrino, as imagens hoje fazem parte da prestigiosa coleção da Tate Gallery, que as estão cedendo especialmente para a exposição na Lunara.

Jason Evans é colaborador de diversos jornais e revistas, como The Guardian, Independent, Vogue e The Face, entre outras. Suas imagens já foram expostas no MoMA NY, no Victoria & Albert Museum, na Tate Modern, entre outros espaços de arte. A obra do fotógrafo faz parte das coleções da British Library e das já citados Tate e V&A. Ele é professor da University for the Creative Arts, no Reino Unido, e seu trabalho já integrou diversas publicações das editoras Taschen e Phaidon.

A exposição de Evans integra o projeto intitulado Black, que compreende, além da exposição fotográfica, uma mostra reunindo 25 filmes inspirado pela recente e histórica eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos.

Segundo o Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia da SMC, Bernardo de Souza, “o ineditismo e a bravura da escolha feita pelos norte-americanos nos levou a mapear a produção audiovisual e fotográfica desenvolvida sob o signo da black culture, voltando nossa atenção particularmente para a obra de artistas e cineastas originada no hemisfério norte, na busca de melhor compreender a experiência racial travada naquelas nações, cujos desdobramentos sociais se mostraram radicalmente diversos dos nossos”.

No dia 16 de abril, quinta-feira, às 19h, coquetel de abertura da exposição.


mais detallhes sobre a mostra de filmes, em www.salapfgastal.blogspot.com

sexta-feira, 3 de abril de 2009

conjunto4 segue até dia 12 de abril


Até dia 12 de abril a exposição Conjunto4 pode ser visitada na Galeria Lunara, das 09 às 21 horas.
André Venzon e Luiz Roque uniram-se para produzir uma instalação impressionante, que tira partido da peculiar arquitetura da galeria.


segunda-feira, 9 de março de 2009

GALERIA LUNARA RECEBE DUPLA DE ARTISTAS NA EXPOSIÇÃO CONJUNTO (4)

A Galeria Lunara inaugura na próxima sexta-feira, dia 13 de março, às 19 horas, mais uma exposição da série Conjunto, iniciada em 2006. Intitulada Conjunto (4), a exposição reúne trabalhos dos artistas André Venzon e Luiz Roque.

As exposições da série Conjunto surgiram a partir de uma iniciativa da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura, que no primeiro semestre de 2006 convidou um coletivo de artistas e pesquisadores para que este apresentasse trabalhos pensados diretamente para a Galeria Lunara, dentro de uma lógica de ocupação site-specific. Assim, dois períodos de 2006 foram reservados a cinco artistas – Adriane Vazques, Gustavo Jahn, Kátia Prates, Luiz Roque e Vilma Sonaglio – e à organizadora da mostra, Gabriela Motta. O resultado deste processo contínuo de trabalho e reflexão permanente recebeu o nome de Conjunto (1) e Conjunto (2). Como norma única do projeto, o desenvolvimento de obras que nascessem de discussões coletivas sobre a Galeria Lunara, sobre a imagem (fotográfica ou em movimento) ou suas características fotossensíveis.

No ano seguinte, o coletivo foi inteiramente renovado, embora tenha sido convocado, mais uma vez, a se debruçar sobre as especificidades arquitetônicas da Galeria Lunara (localizada em torno de uma antiga tremonha, um grande funil por onde escoava o carvão na época em que a Usina do Gasômetro fornecia energia para a cidade) a produzir trabalhos articulados a partir de encontros sistemáticos. André Venzon, Marcelo Gobatto, Mariane Rotter, Tiago Giora e Fernando Bakos, os convocados para realizarem o Conjunto (3).

Nesta 4° edição do projeto, um artista da mostra Conjunto (1)Luiz Roque – e outro da Conjunto (3)André Venzon – debruçaram-se sobre a arquitetura da Galeria Lunara e produziram um diálogo conceitual cujo resultado foi a construção de um ambiente de características sacras, que evoca a atmosfera de uma cripta. Flertando com questões relativas à permanência da matéria humana, ao gênero e à morte, a dupla se serviu da fotografia e do neon para desenvolver uma instalação enigmática.

Segundo o Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia da SMC, Bernardo José de Souza, a Galeria Lunara “propõe aos artistas um problema estético e conceitual, não apenas pela cor de suas paredes, mas por sua geografia interna, abalada pela ausência de um firmamento convencional, o qual é posto à prova, permanentemente, pela tremonha (funil, ponto de fuga) que subjaz à galeria. Na Lunara, o tradicional cubo branco dos espaços de arte é substituído por seu negativo: não mais um cubo branco, mas negro; nem sequer um cubo, mas um poliedro”.

CONJUNTO4

André Venzon e Luiz Roque

Abertura dia 13 de março às 19 horas
Visitação de 14 de março a 12 de abril, das 09 às 21 horas

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Nus de Felipe Cama na Galeria Lunara - Deu na Contracapa de 10/11

  • Zero Hora
  • 10 de dezembro de 2008 | N° 15815

  • NUS DE CAMA

    Parece até piada pronta: sabe qual é o nome do autor das imagens espraiadas aí do lado? FELIPE CAMA. Pois é, o trabalho de Cama brinca com aquelas imagens pornográficas que circulam pela web na forma de spams e entopem nossas caixas de e-mail, especulando sobre como elas são produzidas e distribuídas e quem as consome.

    Em sua primeira individual na cidade, o porto-alegrense radicado em São Paulo vai mostrar a partir de amanhã, na Galeria Lunara da Usina do Gasômetro, três séries de trabalhos. A obra à esquerda é um dos dípticos de grande formato adesivados diretamente nas paredes da galeria, em que o artista faz comentários irônicos sobre a história da arte – no caso, Cama colocou um de Modigliani ao lado da foto de uma moça que na internet se diz chamar Tomosaki...

  • sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

    Galeria Lunara recebe Felipe Cama

    Em sua primeira individual em Porto Alegre, Felipe Cama apresenta três séries de trabalhos que tratam da natureza digital das fotografias que circulam pela internet.

    A pesquisa questiona as imagens pornográficas que circulam pela web na forma de spams e entopem nossas caixas de e-mail. Como elas são produzidas e distribuídas? Quem as consome? Estas são imagens digitais que, provavelmente, nunca serão materializadas na forma de papel e sal de prata. São como estudos de nu digitais, reduzidos à sua mais simples condição: seu próprio código binário.

    Nas obras da série Nu Binário, Felipe utiliza séries de fotografias pornográficas anônimas encontradas na internet e o próprio código binário delas para formar imagens lenticulares híbridas que nos fazem lembrar a condição digital destas fotografias.

    Em outra série, Felipe Cama expõe dípticos de grande formato adesivados diretamente nas paredes da galeria. Estas obras mostram pares de imagens semelhantes, ambas construídas a partir de fotos encontradas na internet. De um lado, uma foto de um nu clássico de Matisse, pintor modernista. Do outro, uma foto anônima, de uma mulher que "talvez" se chame Flávia. Ambas guardam grande semelhança pictórica. Outra obra desta série traz a analogia entre uma pintura de um nu de Modigliani e uma foto de uma moça que se diz chamar Tomosaki. Ambas foram extraídas do espaço virtual da web e, ao serem expostas lado a lado numa obra, atenuam a distância entre alta e baixa cultura, entre o sagrado (a arte consagrada) e o profano (a pornografia virtual).

    Por fim, a obra "Este Também Não É", faz referência a outra obra clássica do modernismo: "A Traição das Imagens", (1928/1929), de Magritte. Trata-se da famosa pintura de um cachimbo acompanhada do texto "Ceci n'est pas une pipe.", ou "Isto não é um cachimbo." Em "Este Também Não É", Felipe Cama expõe na galeria um display luminoso LED com o código binário da fotografia digital de um cachimbo encontrada na Internet. Assim como na obra de Magritte, o espectador não vê na parede da galeria um cachimbo, e sim sua representação, neste caso na forma de código binário. Ao lado do display luminoso, uma etiqueta informa: imagem do cachimbo pode ser vista através do site www.estetambemnaoe.art.br.

    Felipe Cama (1970) é gaúcho de Porto Alegre e vive e trabalha em São Paulo. Acaba de fazer uma exposição em Mumbai, India. Entre suas exposições estão individuais no Centro Cultural São Paulo (2007), no Museu de Arte de Ribeirão Preto (2006), no Museu de Arte de Blumenau (2006) e na Galeria Leme, em São Paulo (2005).


    FELIPE CAMA

    Abertura: dia 11 de dezembro, quinta-feira, a partir das 19:00.
    Período: de 12 de dezembro a 1º de março de 2009

    Horário de Visitação: de terças a domingos, das 9:00 às 21:00