segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Estacione em Porto Alegre

A exposição do coletivo Avalanche
Estacione em Porto Alegre,
inaugura dia 25.
A reconstrução do espaço urbano/geográfico considerando apenas
os estacionamentos do centro da cidade.


__________
Confira o texto de Mari Xavier
AVALANCHISMO

O coletivo de artistas Avalanche é de difícil definição: em primeiro lugar porque coletivo de artistas é pouco, eles são muito mais do que isso. Segundo porque tentar transpor para um texto a experiência Avalanche é reduzir a palavras a criatividade e a produção non-stop destas pessoas tão interessantes e talentosas.
Primeiro conheci o Gustavo Jahn e a Sissa Dullius. Éramos colegas da faculdade e formamos um grupo de amigos que queria realizar filmes em Super-8. O tempo foi passando, seguimos produzindo, ampliando nossos horizontes para outras técnicas e mesmo outros lugares. Aí um dia, eu vi o filme Eternau (2006). Acompanhei muito pouco da produção do filme (embora tenha tido a honra de ter feito a dublagem de uma fala em árabe) e daí o assisti como uma espectadora comum.
Nunca vou me esquecer do baque colorido e pop daquele filme feito com o supremo esforço de seus realizadores, porém tornado inesquecível pelo deleite visual, a narrativa surpreendente e pelas atuações vibrantes. E ao mesmo tempo que foi uma alegre surpresa ver um filme dirigido pelo Gustavo com um apelo tão popular (seus filmes anteriores tinham um viés mais intimista), me dei conta que ali tinha a mão de outro casal: Virgínia Simone e Matheus Walter.
Fora uma deliciosa amizade conquistada através dos anos, olho com muita admiração para esses dois (e também para os demais Avalanchicos: Carlos Dias, Antonio de Paula, Lia Letícia, Rochelle Zandavalli, só para citar alguns nomes). Além da equipe Avalanche supracitada, tem também os Avalanchistas: groupies ou colaboradores eventuais que, como eu, circulam pelo casarão na rua Santo Antônio.
A Avalanche é admirável em inúmeros aspectos, mas especialmente por conta de seu ritmo de trabalho frenético e pela produção criativa múltipla e sempre muito competente. Eles fazem filmes, vídeos, animações, fotografias, música, instalações, camisetas, serigrafias, pinturas, bottons, maquetes, roupas, bordados, festas, comidas ótimas e drinks tropicais.
Essa avalanche múltipla de talentos está sendo devidamente exibida na Usina do Gasômetro, com diversos trabalhos acontecendo ao mesmo tempo, alguns de bastante complexidade, como de costume em suas produções. Fico cansada só de acompanhar a preparação de tudo o que estará exposto e de ouvir os relatos da montagem, porém sei que o resultado será como sempre: lindo, impactante e inesquecível.
Seja frequentando o casarão da Santo Antônio, visitando as exposições da Galeria dos Arcos e da Lunara, ou assistindo aos filmes na Sala PF Gastal, não há como passar pela experiência Avalanche e não sentir uma golfada de ar fresco, um entusiasmo incontrolável e uma vontade de produzir arte, seja da maneira que for, ou que nossos talentos permitam realizar.
Mariana Xavier
- artista visual, cineasta, Mestranda em Poéticas Visuais pelo PPGAVI-UFRGS e Avalanchista.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Coletivo AVALANCHE abre exposição dia 25


Um dos mais atuantes coletivos de artistas da capital gaúcha, a Avalanche ganha espaço na Usina do Gasômetro a partir de convite da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura.

Além de uma mostra de filmes, iniciada já na semana passada e que se estende até 28 de novembro, a Avalanche inaugura no dia 25 de novembro, quinta-feira, às 19h, duas exposições na Usina, uma na Galeria dos Arcos (no térreo) e outra na Galeria Lunara (5º andar). No mesmo dia, às 21h, a Avalanche lança na Sala P. F. Gastal o seu novo curta, A Mão do Homem Morto, de Matheus Walter e Virgínia Simone, produzido especialmente para a mostra.

Esta ocupação de espaços, que atende pelo título Paraísos Perdidos Século XX, é uma oportunidade de ver em ação este criativo e irrequieto grupo de artistas, capitaneado por Virgínia Simone e Matheus Walter (posto antes dividido com Gus Jahn e Melissa Dullius, atualmente radicados em Berlim).
Uma produtora de filmes realizados em bitolas arcaicas como o Super-8 e o 16mm ou um grupo de jovens de aparência insondável, que circulam pela cidade sem pertencer em verdade a nenhum de seus guetos senão ao seu próprio ninho, sito à baixada da rua Santo Antônio? Inclassificável a priori, a Avalanche poderá ter na presente mostra suas criações conferidas em todas as suas frentes e ao mesmo tempo, permitindo ao público um contato amplo com o universo sui generis promovido por seus integrantes. Para além do desgastado rótulo underground, e muito aquém do temerário mainstream, a Avalanche opera e transita entre múltiplas esferas: do cinema à moda, da música ao décor, da fotografia à memorabilia, da festa à labuta. Suas obras apóiam-se em fundamentos estéticos tão variados quanto os registros temporais de suas narrativas audiovisuais.
A mostra de filmes na Sala P. F. Gastal inclui desde trabalhos assinados pelo grupo, reunidos nos programas Avalanche 1 e Avalanche 2, até uma seleção de títulos que lhes são inspiradores, com destaque para obras de sabor setentista como Tubarão, de Steven Spielberg, All That Jazz, de Bob Fosse, e Stroszek, de Werner Herzog; o piloto da cultuada série televisiva Twin Peaks, de David Lynch; ou raridades como o documentário Downtown 81, sobre o artista norte-americano Basquiat, e o filme de culto inglês Um Beatle no Paraíso, estrelado por Ringo Starr, Peter Sellers, Raquel Welch e Christopher Lee. Em 10 de dezembro, a Avalanche promove ainda na Sala P. F. Gastal uma edição especial do projeto Rock no Cinema. Em sua última semana, a mostra divide horários na Sala P. F. Gastal com a programação do Rumos Cinema e Vídeo do Itaú Cultural e do III Festival Escolar de Cinema (conferir abaixo a grade de horários).

Programação Mostra de Filmes

Tubarão (Jaws), de Steven Spielberg (EUA, 1975)
Lua de Papel (Paper Moon), de Peter Bogdanovich (EUA, 1973)
Os Desajustados (The Misfits), de John Huston (EUA, 1961)
All That Jazz, de Bob Fosse (EUA, 1979)
Stroszek, de Werner Herzog (Alemanha, 1977)
Twin Peaks – A Série (Episódio Piloto), de David Lynch (EUA, 1990)
Um Beatle no Paraíso (The Magic Christian), de Joseph McGrath (Inglaterra, 1969)
The Music of Harry Nilsson
Sessão Avalanche 1
Éternau, de Gustavo Jahn (2006)
Siempre Unidos, de Virginia Simone & Matheus Walter (2009)
Os Boçais, de Lufe Bollini (2007)
O Cotidiano do Ovo de Codorna, de Lia Letícia (2008)
Don’t Look Back, Gustavo Jahn & Melissa Dullius (2009)
Sessão Avalanche 2
A Mão do Homem Morto, de Virginia Simone & Matheus Walter (2010)
Tri Massa: POA na Choque, de Virginia Simone & Matheus Walter (2008)
Aos Pés, de Zeca Brito (2008)
Muita Calma Nessa Hora, de Frederico Ruas (2010)
Crosstar, de Rochele Zandavalli (2009)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Concurso nº 13/2010, Processo nº 01.030608.10.4
Edital para Ocupação da Galeria dos Arcos e da Galeria Lunara / 2011
Resultado da Seleção

A Comissão de Seleção, encarregada de selecionar propostas de exposição para Galeria Lunara e Galeria dos Arcos, composta por André Venzon, Élson Sempé Pedroso e Carlos Carvalho selecionou, dentre as propostas inscritas, os projetos relacionados abaixo, que serão expostos ao longo do ano de 2011

Artistas Selecionados para Galeria dos Arcos
Karine Gomes Perez
Luci Leia Kuhn
Simone Blauth
Artistas Selecionados para Galeria Lunara
Edu Monteiro
Elizabeth Rocha
Ivan Delforno Grilo

O júri indicou ainda, como suplente para Galeria Lunara
Letícia Lampert

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Inscrições encerradas para ocupação da Galeria em 2011

Na sexta-feira, dia 22 encerrou-se o prazo para inscrição de projetos de exposição para o ano de 2011, na Galeria Lunara.

Na 6ª feira, dia 29 de outubro, divulgaremos a relação das propostas selecionadas.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ficha de Inscrição para o edital de ocupação da Galeria Lunara


Voce pode acessar a Ficha de Inscrição abaixo, em duas versões:
Formato jpg para imprimir direto e preencher à mão, ou em word, para copiar e colar.




PREFEITURA DE PORTO ALEGRE
SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA
COORDENAÇÃO DO CINEMA, VÍDEO E FOTOGRAFIA
Concurso para Exposições Fotográficas
Galeria dos Arcos e Galeria Lunara / 2011
FICHA DE INSCRIÇÃO
Nome do Fotógrafo:_________________________________________
Telefone: _________________________________________________
E-mail: __________________________________________________
Endereço: _________________________________________________
Cidade: _____________________________ UF: _____ CEP: ______
Título do Projeto: __________________________________________________
Em caso de inscrição em grupo, informar nome dos outros participantes:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________Projeto de exposição para: ( ) Galeria dos Arcos ( ) Galeria Lunara
Porto Alegre, de de 2010._______________________________
Assinatura do Fotógrafo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Edital 2011 para ocupação da Galeria Lunara aberto até dia 22

Os artistas interessados em expor na Galeria dos Arcos ou na Galeria Lunara, no ano de 2011, podem apresentar suas propostas até dia 22 de outubro.


As inscrições serão realizadas no período de 18 a 22 de outubro, das 9h às 12h e das 14h às 17h, na Coordenação de Cinema Vídeo e Fotografia - Usina do Gasômetro, Avenida Presidente João Goulart, 551, 3º andar, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, CEP 90010-120.

Inscrições encaminhadas via correio deverão ser postadas para o endereço acima, até a data limite da inscrição, 22 de outubro. Não serão aceitas inscrições com data de postagem posterior.

Para efetuar a inscrição o artista deve apresentar:

· Ficha de inscrição preenchida (em anexo);

· Portfólio contendo currículo e fotos dos trabalhos a serem expostos.

· Projeto da exposição, com previsão do número de imagens e respectivas dimensões, para a ocupação da Galeria Lunara ou da Galeria dos Arcos.

Para a seleção podem ser apresentadas cópias em tamanhos convencionais. Ex. 20 x 25 cm.

Deve ser informado, no verso da foto, o tamanho e suporte em que a mesma será apresentada na exposição, caso o projeto seja selecionado.


Cronograma:
Inscrições:
de 18 a 22 de outubro de 2010
Seleção dos Trabalhos:
de 27 de outubro de 2010
Divulgação da Seleção:
de 28 de outubro de 2010
Devolução dos Portfólios:
de 3 a 12 de novembro de 2010

Informações com Lurdes pelo fone (51) 3289 8133 / 3289 8135
conheça também
www.galeriadosarcos.blogspot.com

Exposição de Bruno Borne segue até 24 de outubro


Devido à ótima receptividade, a exposição "Seção Invertida", de Bruno Borne ficará na Galeria Lunara por mais uma semana, até dia 24 de outubro.


Visitações podem ser feitas de terças a domingos, das 12 às 21 horas.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Bruno Borne expõe na Galeria Lunara

A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura no dia 16 de setembro, às 19h30, a exposição do artista Bruno Borne na Galeria Lunara.
A exposição, intitulada Seção Invertida, apresenta uma instalação específica para o local, em que o artista trabalha com animação em computação gráfica. A animação projetada consiste em sucessivas vistas do fundo da sala, completando o trecho recortado pela tela de projeção com uma imagem que, supostamente, deveria estar ali.Bruno Borne é arquiteto e artista visual graduado pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Como artista, costuma fazer uso de projeções de animações digitais, relacionando computação gráfica com a arquitetura e as especifidades do local. Em seus trabalhos, Borne procura discutir questões relativas ao espaço e à virtualidade, utilizando recursos como a reflexão e o mise en abyme. Também produz profissionalmente ilustrações e animações para o mercado de arquitetura, tendo atuado em estúdios de destaque no Brasil.

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Abaixo, texto assinado pela professora e crítica de arte Paula Ramos sobre a exposição Seção Invertida.

Um exercício de dúvida

O escuro e condensado ambiente da Galeria Lunara guarda várias especificidades, a começar pela sua antiga função: nele era armazenado e dispensado o carvão, matéria-prima para a usina que operava no local e que dá nome ao complexo administrativo-cultural gerenciado pela Prefeitura de Porto Alegre. Trata-se, igualmente, de um recinto expositivo que requer um diálogo com o próprio espaço, com suas singularidades arquitetônicas e com as relações estabelecidas com o espectador, uma vez que este é convidado a circular pela cavidade afunilada da tremonha tendo como anteparo finas, e aparentemente frágeis, passarelas metálicas. Apresentar um trabalho artístico de fôlego na Lunara demanda, portanto, um mergulho interpretativo e fenomenológico nas questões do próprio espaço. É o que Bruno Borne faz com sensibilidade, agudeza e competência.

Seção Invertida, título da instalação site specific de Borne, é composta, basicamente, de três elementos: (1) uma tela branca, esticada na parte inferior da pirâmide invertida que domina o espaço, (2) um projetor de imagens, junto ao teto e exatamente sobre a tela, e (3) uma animação, articulada a partir de sucessivas vistas da mesma concavidade, que completaria, de certa forma, a estrutura interrompida pela tela de projeção. No entanto, uma vez que o vídeo traz uma simulação da própria tela e, não somente isso, é composto de uma animação dentro da outra, o que Borne nos traz, na verdade, é a idéia do mise en abyme. Podemos traduzir a expressão francesa como “cair no abismo”. Adotado fartamente na literatura, no cinema e nas artes visuais, tal efeito explora as possibilidades de estranhamento a partir de um retorno da obra a ela mesma. No caso de Borne e, em especial, de Seção Invertida, essa sensação é ainda mais intensa e perturbadora, uma vez que o espectador está diante de um espaço real, diminuto e côncavo, no qual é projetada uma imagem virtual que guarda relações inequívocas com o primeiro. Por outro lado, como a ilusão se completa melhor quando se prepara uma situação na qual ela é esperada, o exercício da vertigem é pleno. E isso se deve tanto ao fato de a projeção se dar no orifício que se abre aos pés do espectador, forçando-o, portanto, a observá-la de cima para baixo, como ao fato de a instalação explorar a nossa dupla realidade perceptiva das imagens. Nesse sentido, o que temos aqui é também um exercício de persuasão e retórica, que engolfa o espectador num cenário real, mas ao mesmo tempo projetado.

Étienne Souriau nos lembra que, para a Estética, o espaço é pensado a partir de três pontos: existe, de um lado, o espaço da existência material, compreendendo, no caso das artes visuais, o ambiente no qual a obra é exibida e os espectadores estão; de outro, há o espaço diegético, correspondente ao local no qual a ficção da obra se realiza; e, por fim, há o liame entre os dois. De modo simplificado, podemos dizer que há o espaço real, o virtual, com toda sua existência em potencial, e o cruzamento entre os dois. É justamente a partir dessa terceira situação que Borne opera, explorando as possibilidades de coincidências, recortes e enquadramentos oriundos do diálogo entre um ambiente arquitetônico e as simulações que produz. A identificação das semelhanças e diferenças entre essas duas conjunturas, a real e a diegética, fica a cargo do espectador. É ele quem, chamado a se relacionar com a obra com toda a extensão de seu corpo e absorvido por sensações que, num momento imediato, provavelmente não conseguirá compreender, terá sua experiência re-significada e ampliada. Assim, na ambigüidade e na imbricação de conceitos e linguagens, Bruno Borne nos oferece uma possibilidade de oxigenar nossas percepções, amainar as certezas e intensificar as dúvidas, lembrando que, como diria Bertolt Brecth, das coisas seguras, a mais segura é sempre ela, a própria dúvida.

Paula Ramos
Crítica de arte, professora junto ao Instituto de Artes da UFRGS

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

EDITAL PARA OCUPAÇÃO DA GALERIA LUNARA EM 2011 - Regulamento Completo

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA

Processo administrativo nº 01.030608.10.4
Concurso nº 013/2010

Edital para Ocupação da Galeria dos Arcos e da Galeria Lunara / 2011

REGULAMENTO

A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia, da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre – PMPA, comunica aos interessados que estará recebendo, de 18 a 22 de outubro, na forma da Lei 8.666/93, documentação referente ao concurso Edital para Ocupação da Galeria dos Arcos e da Galeria Lunara / 2011.

1. Finalidade

O presente Regulamento tem por objeto a seleção de até 03 projetos para a Galeria Lunara e de até 03 projetos para a Galeria dos Arcos - ambas localizadas na Usina do Gasômetro – para o ano de 2011, sendo que cada projeto permanecerá em exposição por, no mínimo, 30 dias.

2. Participação

O presente concurso destina-se a fotógrafos em geral (amadores e profissionais).

3. Inscrições

3.1. As inscrições serão realizadas no período de 18 a 22 de outubro, das 9h às 12h e das 14h às 17h, na Coordenação de Cinema Vídeo e Fotografia - Usina do Gasômetro, Avenida Presidente João Goulart, 551, 3º andar, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, CEP 90010-120.

Inscrições encaminhadas via correio deverão ser postadas para o endereço acima, até a data limite da inscrição, 22 de outubro. Não serão aceitas inscrições com data de postagem posterior.

3.2. Os candidatos deverão apresentar, no momento da inscrição:

  • Ficha de inscrição preenchida (em anexo);
  • Portfólio contendo currículo e fotos dos trabalhos a serem expostos.
  • Projeto da exposição, com previsão do número de imagens e respectivas dimensões, para a ocupação da Galeria Lunara ou da Galeria dos Arcos.

Para a seleção podem ser apresentadas cópias em tamanhos convencionais. Ex. 20 x 25 cm.

Deve ser informado, no verso da foto, o tamanho e suporte em que a mesma será apresentada na exposição, caso o projeto seja selecionado.

4. Seleção dos Projetos e Premiação.

4.1. Será designada uma Comissão de Seleção formada por 03 (três) membros, não remunerados, sendo 01 representante da Secretaria Municipal da Cultura e 02 profissionais vinculados ao meio fotográfico, que ficará responsável pela escolha dos projetos dos candidatos.

4.2. A Comissão de Seleção é soberana em suas decisões e obedecerá a critérios como qualidade estética e adequação entre conceito e linguagem.

4.3. Conforme a Lei 8.666/93, art. 9º, os integrantes da Comissão de Seleção não poderão participar do presente Concurso.

4.4.Da decisão da Comissão de Seleção, ao habilitar ou inabilitar os projetos apresentados, caberá recurso administrativo até 05 (cinco) dias úteis após a publicação do resultado no DOPA, protocolado na Coordenação de Cinema, Vídeo e Foto. O recurso apresentado será julgado no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis.

4.5. O prêmio para os projetos selecionados consistirá em exposição na Galeria dos Arcos ou Galeria Lunara por período de 30 dias.

Parágrafo único

Os períodos de realização das exposições serão definidos posteriormente pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da SMC, em comum acordo com os fotógrafos cujos projetos forem selecionados.

5. Devolução dos Trabalhos

5.1.Os portfólios dos fotógrafos não selecionados serão devolvidos de 03 a 12 de novembro de 2010.

5.2.Os portfólios dos artistas não residentes no município de Porto Alegre somente serão devolvidos por correio ao artista que enviar envelope selado para tal finalidade.

5.3.A Comissão Organizadora não se responsabiliza pela guarda do material não retirado no período.

6. Obrigações

6.1. Da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da SMC:

  • Impressão de 500 convites;
  • Envio de convites a autoridades, artistas e fotógrafos;
  • Divulgação institucional da exposição na imprensa.

6.2. Do Fotógrafo:

  • Fornecer as imagens da exposição digitalizadas, currículo e dados para divulgação;

· Fornecer arte-final e fotolitos do convite. (A arte-final deverá ser submetida à aprovação da PMPA e, no convite, deverá constar o logotipo da Prefeitura Municipal de Porto Alegre como realizadora e do DMAE como apoiador).

· Providenciar a montagem e desmontagem da exposição, bem como todo o material necessário.

OBS. A montagem na Galeria dos Arcos não permite furação nas paredes ou uso de fitas adesivas, por tratar-se de prédio tombado.

Caso o artista necessite alterar cor, instalar equipamentos próprios, ou realizar qualquer outra ação que modifique a galeria, tal intervenção deve ser autorizada previamente pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia e após o término da mostra a galeria deve ser devolvida nas mesmas condições em que foi entregue.

Caso o artista precise utilizar equipamentos ou dispositivos que necessitem ser ligados e desligados, o mesmo deve providenciar monitoria para a exposição.

7 .Disposições Gerais:

7.1.É vedada a participação de servidores do Município de Porto Alegre, bem como de seus agentes políticos e seus parentes consangüíneos, ou afins, até o segundo grau.

7.2.Conforme disposto no art. 41 da Lei 8666/93, qualquer cidadão é parte legítima para impugnar Regulamento de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar pedido até 5 (cinco) dias úteis da data fixada para abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1° do art. 113.

7.3. As despesas decorrentes do presente Regulamento correrão pelas dotações 1003.2038 e 1003.2042.

7.4. A assinatura da Ficha de Inscrição implica na aceitação total das normas de funcionamento da Galeria dos Arcos e da Galeria Lunara da Secretaria Municipal da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre.

7.5. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora, observada a legislação pertinente;

8. Esclarecimentos:

Quaisquer esclarecimentos sobre o presente concurso, bem como o fornecimento dos anexos citados no presente regulamento poderão ser obtidos junto à Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura, sita à Usina do Gasômetro, 3º andar, fone (51) 3289 8133 ou (51) 3289 8135, e-mail: salapfgastal@smc.prefpoa.com.br

acesso ao regulamento:

http://www.portoalegre.rs.gov.br/cultura

www.galerialunara.blogspot.com

www.galeriadosarcos.blogspot.com

Porto Alegre, 30 de agosto de 2010.

Sergius Gonzaga

Secretário Municipal da Cultura

Cronograma:

Inscrições: 18 a 22 de outubro de 2010

Seleção dos Trabalhos: 27 de outubro de 2010

Divulgação da Seleção: 28 de outubro de 2010

Devolução dos Portfólios: 3 a 12 de novembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Exposição de Rochele Zandavalli prorrogada até 12 de setembro

A exposição Oculto, de Rochele Zandavalli segue aberta à visitação até dia 12 de setembro, na Galeria Lunara da Usina do Gasômetro (5º andar), reunindo uma série de trabalhos em fotografia.

Abaixo reproduzimos texto do historiador e crítico de arte Alexandre Santos.

Dialogando com uma tendência da arte contemporânea ligada à auto-referencialidade, o trabalho de Rochele Zandavalli vem se debruçando sobre técnicas, suportes e diferentes intervenções poéticas relacionadas à pesquisa sobre o retrato fotográfico.

Na série Oculto a artista registra pessoas de suas relações íntimas, tomando os seus corpos como receptáculos de outras imagens. A sobreposição de duas ordens imagéticas – o corpo humano e o corpo de insetos ou flores, estes últimos retirados do universo das fotografias científicas – gera uma espécie de retrato-colagem, impregnado de estranheza e de um efeito desestabilizador interessante.

Cores, sombras e volumes se mesclam no plano bidimensional, construindo diferentes relações possíveis. Não se trata de almejar uma narrativa imediata em relação à iconografia do retrato, mas de assumir a artificialidade do resultado como elemento central para a sua reflexão.

Alexandre Santos – Julho de 2010

Oculto
Fotografias de Rochele Zandavalli
até 12 de setembro de 2010

Visitação:
Terças a domingos, das 9h às 21h
Entrada Franca

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Rochele Zandavalli inaugura exposição na Galeria Lunara

A artista Rochele Zandavalli inaugura no dia 30 de julho, sexta-feira, às 19h30, na Galeria Lunara da Usina do Gasômetro (5º andar), a exposição Oculto, reunindo uma série de trabalhos em fotografia. Graduada pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rochele Zandavalli atualmente é mestranda em Poéticas Visuais pelo mesmo Instituto. Desde 2000, integra o Núcleo de Fotografia da UFRGS, onde atua como pesquisadora responsável pelo Laboratório de Fotoquímica. Suas pesquisas incluem processos artísticos em laboratório e atelier aplicáveis à fotografia. Em sua produção destacam-se trabalhos com projeção de slides, alto-contraste, pintura e bordado sobre fotografias, dentre outros.

Na exposição Oculto, Rochele Zandavalli traz a público obras que são fruto de uma pesquisa envolvendo a mistura de técnicas analógicas e digitais, tendo como resultado duas séries complementares – uma sombria, outra psicodélica –, formando um conjunto de alto impacto visual, carregado de simbolismos. Sobre o corpo de dois meninos nus, a artista projeta imagens de flores e insetos, criando texturas que aderem aos corpos dos modelos como uma segunda pele, espécie de uniforme que faz referência ao universo pop, às HQs de super-heróis e ao mundo da moda.
A exposição Oculto permanece em cartaz até 29 de agosto, podendo ser visitada de terças a domingos, entre 9h e 21h. A entrada é franca.

Oculto
Fotografias de Rochele Zandavalli
30 de julho a 29 de agosto de 2010
Visitação:Terças a domingos, das 9h às 21h

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Luisa Mello apresenta exposição Lugar Nenhum na Galeria Lunara











A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura no dia 18 de Maio, às 19h, a exposição Lugar Nenhum, da artista Luisa Mello, na Galeria Lunara.

Luisa Mello foi uma das selecionadas pelo Edital de ocupação da Galeria Lunara e apresenta uma série de fotografias em pequeno formato, intitulada Lugar Nenhum.

As imagens, como prefere chamar a artista, apresentam lugares nunca especificados. A cor, a luz e a repetição das imagens, ora semelhantes, ora não, propõem um jogo lúdico com o olhar do espectador.
A artista fala da impermanência da sensação do espectador ao ver o mesmo lugar uma ou mais vezes. As imagens são uma alegoria que evocam outra realidade. Nascem da necessidade de dar forma à vivência sensorial de sentir e perceber lugares. Não importam quais sejam. É uma tentativa de "nominação" estética desses lugares através da experiência plástica.
Luisa Mello mora e trabalha em Belo Horizonte, Minas Gerais e nos últimos 4 anos vem se dedicando a viagens longas, cujo propósito é vivenciar outros lugares, no intuito de criar um novo projeto, um novo trabalho. A fotografia é uma das técnicas usadas pela artista. “Não me prendo a técnicas. É o conceito que vai determinar a técnica adequada para seja expressado. No caso de Lugar Nenhum, a fotografia é ponto de partida.”diz Luisa Mello

Lugar Nenhum
Luisa Mello
Abertura dia 18 de Maio às 19h
Visitação de 19 de Maio à 20 de Junho das 9h às 21
Informações: (51) 3289-8133

Luisa Mello
luisapmello@gmail.com
31-9764 4947

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Cine Água segue até dia 9 de maio


Até domingo, dia 9 de maio, a exposição CineÁgua,
de Nelton Pellenz e Dirnei Prates está aberta à visitação.
De terças a domingos das 13 às 19h.

terça-feira, 30 de março de 2010

Cine Água na Galeria Lunara


A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura dia 08 de abril, às 19h, a exposição Cine Água, dos artistas Nelton Pellenz e Dirnei Prates, na Galeria Lunara.

O Cine Água é uma ação coletiva proposta pelos artistas Dirnei Prates e Nelton Pellenz, e tem em seu mote estabelecer relações entre o cinema e as artes plásticas, ora através de abordagens diretas, ora através de tangências que subvertem as noções básicas do audiovisual.
A exposição Cine Água é composta por 3 trabalhos que se inserem nas premissas do coletivo: a ocupação não ortodoxa do espaço, o diálogo estreito que se estabelece entre as obras a partir de sua justaposição e, a água, sempre presente, como o elemento aglutinador das idéias.A forma peculiar da galeria propicia ações/intervenções em que o espaço físico não pode ser desconsiderado. O projeto, que aglutina diferentes propostas, se utiliza desta geografia incomum como eixo que conecta, potencializa e contextualiza os trabalhos.

Dirnei Prates e Nelton Pellenz já participaram individualmente de diversos salões, mostras e exposições nacionais e internacionais. Trabalham juntos desde 2006, quando organizaram a 1º Livre - mostra de vídeos experimentais, no Atelier Livre do CMC (Porto Alegre). Em 2007, apresentam as exposições Da sala escura ao cubo branco, na Usina do Gasômetro e Lances de vista - paisagens, na Fundação Ecarta. No mesmo ano são curadores da 2ª Livre - mostra de vídeos experimentais, apresentada na sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro.
Em 2008, recebem indicação ao Prêmio Açorianos de Artes Plásticas nas categorias novas mídias, pela exposição Da sala escura ao cubo branco e fotografia e novas mídias pela exposição Lances de vista - paisagens.
Em 2009, realizam o projeto S.E.C.A., que consistiu em intervenções urbanas em SC; recebem indicação ao Prêmio Filme Livre, no CCBB/RJ, pelo filme Tela branca e são os organizadores da exposição Infiltração, em Porto Alegre, que contou com trabalhos de 32 video-artistas brasileiros, espalhados em quatro espaços expositivos.
Atualmente, trabalham no projeto Google Water, que envolve registros em textos, vídeo e fotografia de deslocamentos por regiões do interior do Estado do RS.
Vivem e trabalham em Porto Alegre.

Cine Água
Nelton Pellenz e Dirnei Prates
Abertura dia 08 de abril às 19h
Período de visitação de 09 de abril a 09 de maio
de terças a domingos, das 9 às 21 h

Cine Água na Galeria Lunara

A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura dia 08 de abril, às 19h, a exposição Cine Água, dos artistas Nelton Pellenz e Dirnei Prates, na Galeria Lunara.

O Cine Água é uma ação coletiva proposta pelos artistas Dirnei Prates e Nelton Pellenz, e tem em seu mote estabelecer relações entre o cinema e as artes plásticas, ora através de abordagens diretas, ora através de tangências que subvertem as noções básicas do audiovisual.
A exposição Cine Água é composta por 3 trabalhos que se inserem nas premissas do coletivo: a ocupação não ortodoxa do espaço, o diálogo estreito que se estabelece entre as obras a partir de sua justaposição e, a água, sempre presente, como o elemento aglutinador das idéias.
A forma peculiar da galeria propicia ações/intervenções em que o espaço físico não pode ser desconsiderado. O projeto, que aglutina diferentes propostas, se utiliza desta geografia incomum como eixo que conecta, potencializa e contextualiza os trabalhos.

Dirnei Prates e Nelton Pellenz já participaram individualmente de diversos salões, mostras e exposições nacionais e internacionais. Trabalham juntos desde 2006, quando organizaram a 1º Livre - mostra de vídeos experimentais, no Atelier Livre do CMC (Porto Alegre). Em 2007, apresentam as exposições Da sala escura ao cubo branco, na Usina do Gasômetro e Lances de vista - paisagens, na Fundação Ecarta. No mesmo ano são curadores da 2ª Livre - mostra de vídeos experimentais, apresentada na sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro.
Em 2008, recebem indicação ao Prêmio Açorianos de Artes Plásticas nas categorias novas mídias, pela exposição Da sala escura ao cubo branco e fotografia e novas mídias pela exposição Lances de vista - paisagens.
Em 2009, realizam o projeto S.E.C.A., que consistiu em intervenções urbanas em SC; recebem indicação ao Prêmio Filme Livre, no CCBB/RJ, pelo filme Tela branca e são os organizadores da exposição Infiltração, em Porto Alegre, que contou com trabalhos de 32 video-artistas brasileiros, espalhados em quatro espaços expositivos.
Atualmente, trabalham no projeto Google Water, que envolve registros em textos, vídeo e fotografia de deslocamentos por regiões do interior do Estado do RS.
Vivem e trabalham em Porto Alegre.

Cine Água
Nelton Pellenz e Dirnei Prates
Abertura dia 08 de abril às 19h
Período de visitação de 09 de abril a 09 de maio
de terças a domingos, das 9 às 21 h

Ultima semana para visitar a exposição Céus Artificiais

Até dia 4 de abril a exposição Céus Artificiais, que traz fotos de Diego Amaral e Instalação de Tulio Pinto, pode ser visitada na Galeria Lunara.
Confira.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Confira texto de Alexandre Santos sobre a exposição que abre dia 11, de março


Da referência ao artifício

Se em muitas culturas o céu é manifestação da transcendência e da sacralidade, os céus artificiais de Diego Amaral e Túlio Pinto são profanos por excelência. Em sintonia com a contemporaneidade artística, estes céus privilegiam o diálogo entre dois processos artísticos diante de um site specific que lhes serve de desafio. Em detrimento das referências mais óbvias, nos céus bidimensionais de Diego percebe-se um apelo à ausência, comparado ao ambiente obscuro da galeria. Nas suas imagens, situadas entre o registro performático e paisagístico, os elementos gráficos servem para desfazer expectativas representacionais, ao mesmo tempo em que alinham a reprodutibilidade técnica com o fazer manual. Por outro lado, a partir dos seus arranjos tridimensionais, Túlio propõe céus compostos de ar e leveza, que brotam do abismo quase vertiginoso da galeria. São céus lúdicos e efêmeros que flutuam sob os nossos pés, trazendo relações de equilíbrio e limite entre os mais prosaicos materiais. Apesar de suas diferenças, ao constituírem uma ambientação poética inquietante, estes dois artistas são complementares e nos lembram, por outro lado, que o céu é efetivamente um corpo paradoxal: informe e infinito de possibilidades.

Alexandre Santos
Março de 2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

Céus Artificiais de Diego Amaral e Túlio Pinto



A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura dia 11 de Março, às 19h, exposição dos artistas Diego Amaral e Tulio Pinto, na Galeria Lunara.
A exposição, intitulada Céus Artificiais, propõe uma utopia emergente para dentro da Galeria. A parceria entre Diego Amaral e Túlio Pinto traz o azul como indicador simbólico de um lugar ideal e unindo gestos opostos, gera uma geografia subjetiva. Na mostra, que segue até o dia 4 de abril, os artistas mostram o confronto entre seus processos. Por um lado, a reprodução da ausência através da linguagem fotográfica; por outro, a ativação do espaço pela presença material.

Num contexto digital, Diego Amaral opta pelo uso de uma câmera de filme 35mm. Seu universo imagético é construído através de criteriosa composição e o mínimo de informação visual. A hegemonia do azul, reproduzido mecanicamente em suas fotos, é confrontada pelo gesto seco, objetivo e irreprodutível. Munido de um marcador preto, o artista gera fronteiras presentes sobre planos pretéritos. A leveza implícita nas fotografias acaba evidenciando o peso e a inércia das imagens cristalizadas no papel, numa negação da queda a qual estamos submetidos.

Dialogando com isso, Túlio Pinto reativará a tremonha existente no espaço da galeria em uma instalação in situ. Com um ventilador e bolas azuis, o artista interage com o espaço e traz movimento à sala ao fazer a cor flutuar na galeria, que, apesar de situada no alto de uma edificação, assemelha-se a um subsolo. Em um gesto lúdico, o carvão, que antes era armazenado no local, será substituído pela cor celeste das bolinhas "pairando" no ar.


Céus Artificiais
Exposição de Diego Amaral e Túlio Pinto
Abertura: 11 de março, 19h
Visitação de 11 de março a 4 de abril,das 9h às 21h
Galeria Lunara – 5° andar da Usina do Gasômetro.
Informações: (51) 3289-8133

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Basta este Nada até dia 28 de fevereiro na Lunara















Segue aberta à visitação, até dia 28 de feveriro a exposição Basta este Nada, de Eduardo Montelli, Juliano Ventura, Letícia Bertagna e Janaína Kremer.




sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Galeria Lunara apresenta nova exposição reunindo três jovens artistas


A partir de quinta-feira, dia 21 de janeiro, às 19h, a Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre inaugura a exposição Basta Este Nada, na Galeria Lunara, localizada no 5º andar da Usina do Gasômetro.

A exposição mostrará, nos procedimentos de três jovens artistas – Eduardo Montelli, Juliano Ventura e Letícia Bertagna –, um ponto de alternância entre o corriqueiro e o surpreendente, o sentido e o não-sentido, vividos no mundo concreto. A partir da captação e da manipulação digitais da fotografia e do vídeo, os trabalhos são concebidos em meio a um processo de ênfase no trivial.

Em Cão sem Rumo, Eduardo Montelli apresenta uma curtíssima captura em movimento de um cão também em movimento transformada em uma sequência de fotografias. Nestes recortes de instantes, percebemos a relação de ausência e presença trazida pela transição da paisagem quase vazia para passagem da figura do cão.

Ainda nessa tensão entre imagem e ausência está o trabalho Golpes de Luz em Ambiente de Vídeo, de Juliano Ventura, que, por conta de suas grandes variações de luz, faz a pessoa parada em frente à câmera aparecer e desaparecer repetidamente. A luz do vídeo tem o potencial de interferir na iluminação do espaço onde for inserido.

Aproximando-se de Estimação e Suspensão, trabalhos provenientes de instalações experimentais concebido por Eduardo Montelli, a série Extremo, de Juliano Ventura, elaborada com a conversão de uma combinação dos fragmentos de uma imagem impressa para o formato digital, sugere possíveis interferências das imagens no campo dos objetos reais.

Há ainda o vídeo Uma Canção para o Útero, de Letícia Bertagna, onde o cotidiano doméstico é indagado por ações que migram sutilmente entre o que diz e o que não diz respeito a ele mesmo. Trata-se de uma vídeoperformance baseada em poema homônimo (e inédito) da poeta pelotense Angélica Freitas. O vídeo apresenta uma série de ações vividas/experimentadas pela atriz Janaína Kremer, atividades estas que sugerem uma certa impossibilidade de serem cumpridas, finalizadas.


Basta Este Nada
de Eduardo Montelli, Juliano Ventura, Letícia Bertagna e Janaina Kremer

Coquetel de Abertura: 21 de janeiro de 2010, às 19h
Visitação de 22 de Janeiro a 28 de Fevereiro

www.julianovent.blogspot.com - blog de Juliano Ventura
www.eduardomontelli.blogspot.com – blog de Eduardo Montelli
www.meuprego.blogspot.com – blog de Letícia Bertagna