Seu Olhar – de Klacius Ank Guarino
05/02 a 21/03/2004
Ilex Mathetype – de Andréa Brächer
02/04 a 16/05/2004
Carvão – de Carla Venusa
25/05 a 04/072004
Zero – de Eduardo Aigner
13/07 a 29/08/2004
Translúcida Noite – Gabriel Schmidt
16/09 a 24/10/2004
Corpo Refém – Bruno Gularte Barreto
18/11/2004 a 05/01/2005
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Seu Olhar – de Klacius Ank Guarino
05/02 a 21/03/2004
Seu Olhar, de Klaucius Ank Guarino, reúne dezoito imagens de meninos de rua clicados em diferentes pontos do Rio de Janeiro. Klacius percorreu as ruas da Cidade Maravilhosa nas noites do último ano, fazendo retratos de crianças e adolescentes anônimos. Durante a captação das imagens, um dos modelos de Klacius Ank se tornou assistente em algumas das sessões de fotografias, gerando uma relação de confiança entre os dois. Essa aproximação facilitou o acesso do artista ao personagem, que geralmente são vistos com distância pelos moradores e visitantes da cidade carioca.
Klacius
Ank Guarino nasceu em Três Rios, interior do estado do Rio, em 8 de junho de
1971. Formou-se em Comunicação Social pela Universidade do Rio de Janeiro. Atualmente
é editor de imagem da Rede Globo, e paralelamente atua como fotógrafo. Essa
atividade já lhe rendeu menções honrosas no 1º Concurso Fotográfico do Parque
Nacional da Tijuca, no 1º Salão Internacional do Centro Fotográfico Argentino e
no 1º Concurso Fotográfico Cultural Leica.
Ilex Mathetype – de Andréa Brächer
02/04 a 16/05/2004
A série Ilex Matetype, apresentada por Andréa Brächer na
Galeria Lunara é resultado de pesquisas sobre processos fotográficos
históricos, iniciados em 2003. A artista utiliz a
como emulsão fotossensível sucos vegetais e, especificamente nesta mostra, usa
como emulsão o chá de erva-mate, que resulta em um quase desaparecimento das
imagens causado pelo processo fotográfico.
A pesquisa da artista está centrada nos Phytotypes, que são
fotografias feitas com a emulsão fotossensível de sucos de vegetais e descrita
pela primeira vez em 1842, por Sir John Herschel, no artigo On the Action of
the Rays of the Solar Spectrum on Vegetable Colours, and on some new
Photographic Processes.i
O Phytotype é um processo fotográfico pouco conhecido. Na
base desse tipo de emulsão, empregam-se pétalas de flores, legumes, folhas ou
frutas silvestres – também denominados “sucos vegetais” diluídos em água ou
álcool. É considerado por autores contemporâneos um processo “realmente seguro”
Carvão – de Carla Venusa
25/05 a 04/072004
O contexto da exposição
apresentou imagens em preto-e-branco, trabalhadas em alto contraste, formando um
conjunto de desenhos tramados por galhos e troncos e recortados da natureza
pelo olhar da artista. Presente no céu e nos espaços entre as imagens, “o
branco forma uma rede, ou uma renda”, como percebe a artista. Carla trata de
falar poeticamente do ponto de fuga que nos resta ao caminhar pela metrópole.
“Com o olhar na horizontal bloqueado pela paisagem urbana, o que resta, na
tentativa de enxergar longe, é o olhar na vertical, ainda que seja para atestar
um estado de quase cegueira”, revela Carla.
Em seu extenso
currículo, a artista dedica-se às artes visuais, tendo especial enfoque na
fotografia, na pintura e no desenho. Em julho próximo, Carla estará expondo no
Fotoarte 2004 – Festival de Fotografia de Brasília, além de ter participado
também de coletivas como o Prêmio Porto Seguro de Fotografia, SP-2003. Esteve,
ainda, no projeto Cria da Casa, organizado pela galeria Espaço Anexo, SP-2003;
Casa das Rosas, SP-2002. Dona de um estilo pessoal, Carla teve ainda diferentes
trabalhos selecionados para participar dos Salões de Arte Contemporânea de
Ribeirão Preto, 2001 e 2003, e Piracicaba, 2002. A mostra “Carvão”, de Carla Venusa , pode ser vista de terças a
domingos, no horário das 10h às 22h, com entrada franca.
A mostra é composta por seis fotografias em grande formato (90cm x 120cm), compondo uma curiosa montagem que produz um diálogo entre a imagem e seu entorno.
13/07 a 29/08/2004
A exposição do fotógrafo Eduardo Aigner compõe-se de seis auto-retratos,. As imagens são entendidas neste ensaio como uma forma de (auto) conhecimento, um espelho que filtra, por suas próprias e fundamentais características, a essência do retratado.
A técnica utilizada consiste no uso de filme fotográfico plano de alto contraste, montado com auxílio de fitas adesivas em chassis de 4x5 polegadas. As imagens foram realizadas em uma câmera técnica e processadas em revelador químico com alta temperatura. As cópias foram feitas de modo fragmentário, em módulos que, compostos, geram a imagem final em painéis de 250x90cm.
16/09 a 24/10/2004
Apresentar uma coleção de fotografias que trate de
revelar uma nova atmosfera, densa e disforme, ambiente predominante nas
monocromáticas noites de chuva, é a proposta da exposição Translúcida Noite, composta por 18 imagens
P&B, captadas entre os anos de 2002 e 2004 pelo fotógrafo gaúcho Gabriel
Schmidt.
As fotografias tratam de lançar um novo e alterado
olhar, sobre um fenômeno normal e corriqueiro como a chuva. Assim, o projeto
não priorizou retratar grandes tempestades, trovões ou alagamentos, mas sim,
cenas reais e comuns como pessoas voltando para casa ou uma rua deserta.
A presença de
uma série de interferências nas imagens noturnas de Porto Alegre gera o
resultado do trabalho, desenvolvido de maneira clássica: com negativos preto e
branco, que possibilitam não só uma certa fidelidade às imagens noturnas, mas
também, segundo o fotógrafo, um controle mais preciso do resultado final.
18/11/2004 a 05/01/2005
Um dos selecionados pelo edital de ocupação da Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro, o jovem fotógrafo Bruno Gularte Barreto apresentou a exposição Corpo Refém. Além de fotógrafo, Bruno Gularte Barreto, que é formado pela primeira turma de Realização Audiovisual na Unisinos, também é desenhista, designer e diretor de arte. A exposição Corpo Refém é formada por 10 fotos, quatro em tamanho 60x90 e seis em tamanho 50x75,7 cm, e tem curadoria de Jaqueline Joner.
Com texto de apresentação assinado pelo
jornalista Vitor Necchi, Corpo
Refém reúne fotos de corpos besuntados de argila e tinta. Usando suporte
digital, Bruno manipula as imagens e depois as fotografa pelo método tradicional,
conseguindo texturas e contrastes inusitados e originais.
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