21/01 a
28/02
Tulio Pinto e Diego Amaral - Céus Artificiais
11/03 a
04/04
Nelton Pellenz/Dirnei Prates - CineÁgua
08/04 a
09/05
Luisa Mello - Lugar Nenhum
18/05 a
10/07
30/07 a
12/09
16/09 a
30/10
Avalanche - Estacione em Porto Alegre
25/11/2010
a 03/01/2011
________________________
21/01 a
28/02
![]() |
Estimação |
A exposição mostra, nos
procedimentos de três jovens artistas – Eduardo
Montelli, Juliano Ventura e Letícia Bertagna –, um ponto de
alternância entre o corriqueiro e o surpreendente, o sentido e o não-sentido,
vividos no mundo concreto. A partir da captação e da manipulação digitais da
fotografia e do vídeo, os trabalhos são concebidos em meio a um processo de
ênfase no trivial.
Em Cão sem Rumo, Eduardo Montelli apresenta uma curtíssima captura em
movimento de um cão também em movimento transformada em uma sequência de
fotografias. Nestes recortes de instantes, percebemos a relação de ausência e
presença trazida pela transição da paisagem quase vazia para passagem da figura
do cão.
![]() |
Golpes de Luz em Ambiente de Vídeo |
Ainda nessa tensão entre
imagem e ausência está o trabalho Golpes
de Luz em Ambiente de Vídeo, de Juliano Ventura, que, por conta de suas
grandes variações de luz, faz a pessoa parada em frente à câmera aparecer e
desaparecer repetidamente. A luz do vídeo tem o potencial de interferir na
iluminação do espaço onde for inserido.
Aproximando-se de Estimação e Suspensão, trabalhos provenientes de instalações experimentais
concebido por Eduardo Montelli, a série Extremo,
de Juliano Ventura, elaborada com a
conversão de uma combinação dos fragmentos de uma imagem impressa para o
formato digital, sugere possíveis interferências das imagens no campo dos
objetos reais.
Há ainda o vídeo Uma Canção para o Útero, onde o
cotidiano doméstico é indagado por ações que migram sutilmente entre o que diz
e o que não diz respeito a ele mesmo. Trata-se de uma vídeoperformance baseada
em poema homônimo (e inédito) da poeta pelotense Angélica Freitas. O vídeo
apresenta uma série de ações vividas/experimentadas pela atriz Janaína Kremer, atividades
estas que sugerem uma certa impossibilidade de serem cumpridas, finalizadas.
![]() |
Uma canção para o Útero |
Tulio Pinto e Diego Amaral - Céus Artificiais
11/03 a
04/04
A exposição, intitulada Céus Artificiais, propõe uma utopia emergente para dentro da Galeria.
A parceria entre Diego Amaral e Túlio Pinto traz o azul como indicador
simbólico de um lugar ideal e unindo gestos opostos, gera uma geografia
subjetiva. Na mostra, que segue até o dia 4 de abril, os artistas mostram o
confronto entre seus processos. Por um lado, a reprodução da ausência através
da linguagem fotográfica; por outro, a ativação do espaço pela presença
material.
Num contexto digital, Diego Amaral opta pelo uso de uma câmera de filme 35mm. Seu
universo imagético é construído através de criteriosa composição e o mínimo de
informação visual. A hegemonia do azul, reproduzido mecanicamente em suas
fotos, é confrontada pelo gesto seco, objetivo e irreprodutível. Munido de um
marcador preto, o artista gera fronteiras presentes sobre planos pretéritos. A
leveza implícita nas fotografias acaba evidenciando o peso e a inércia das imagens
cristalizadas no papel, numa negação da queda a qual estamos submetidos.
Dialogando com isso, Túlio Pinto reativa a tremonha existente no espaço da galeria em
uma instalação in situ. Com um ventilador e bolas azuis, o artista interage com
o espaço e traz movimento à sala ao fazer
a cor flutuar na galeria, que, apesar de situada no alto de uma edificação,
assemelha-se a um subsolo. Em um gesto lúdico, o carvão, que antes era
armazenado no local, será substituído pela cor celeste das bolinhas
"pairando" no ar.
Nelton Pellenz/Dirnei Prates - CineÁgua
08/04 a
09/05
O
Cine Água é uma ação coletiva proposta pelos artistas Dirnei Prates e Nelton
Pellenz, e tem em seu mote estabelecer relações entre o cinema e as artes
plásticas, ora através de abordagens diretas, ora através de tangências que
subvertem as noções básicas do audiovisual.
A exposição Cine Água é
composta por três trabalhos que se inserem nas premissas do coletivo: a
ocupação não ortodoxa do espaço, o diálogo estreito que se estabelece entre as
obras a partir de sua justaposição e a água, sempre presente como o
elemento aglutinador das idéias.
A forma peculiar da galeria
propicia ações/intervenções em que o espaço físico não pode ser desconsiderado.
O projeto, que aglutina diferentes propostas, se utiliz a desta geografia incomum como eixo que conecta, potencializ a e contextualiz a os trabalhos.
Dirnei Prates e Nelton Pellenz já participaram individualmente de diversos
salões, mostras e exposições nacionais e internacionais. Trabalham juntos desde
2006, quando organizaram a 1º Livre – Mostra de Vídeos Experimentais, no
Atelier Livre do Centro Municipal de Cultura (Porto Alegre). Em 2007,
apresentam as exposições Da Sala Escura ao Cubo Branco, na Usina
do Gasômetro, e Lances de Vista – Paisagens, na Fundação Ecarta. No
mesmo ano são curadores da 2ª Livre - Mostra de Vídeos Experimentais,
apresentada na Sala P. F.
Gastal da Usina do
Gasômetro.
Em 2008, recebem indicação
ao Prêmio Açorianos de Artes Plásticas nas categorias novas mídias, pela
exposição Da Sala Escura ao Cubo Branco, e fotografia e novas
mídias pela exposição Lances de Vista – Paisagens.
Em 2009, realiz am o projeto S.E.C.A., que consistiu em intervenções urbanas em
Santa Catarina; recebem indicação ao Prêmio Filme Livre, no CCBB/RJ, pelo filme
Tela Branca, e são os organizadores da exposição Infiltração,
em Porto Alegre, que contou com trabalhos de 32 videoartistas brasileiros,
espalhados em quatro espaços expositivos.
Atualmente, trabalham no
projeto Google Water, que envolve registros em textos, vídeo e
fotografia de deslocamentos por regiões do interior do estado do Rio Grande do
Sul.
Luisa Mello - Lugar Nenhum
18/05 a
10/07
As imagens, como prefere chamar a artista, apresentam lugares nunca especificados. A cor, a luz e a repetição das imagens, ora semelhantes, ora não, propõem um jogo lúdico com o olhar do espectador.
A artista fala da impermanência da sensação do espectador ao ver o mesmo lugar uma ou mais vezes. As imagens são uma alegoria que evocam outra realidade. Nascem da necessidade de dar forma à vivência sensorial de sentir e perceber lugares. Não importam quais sejam. É uma tentativa de "nominação" estética desses lugares através da experiência plástica.
30/07 a
12/09
Graduada pelo Instituto de Artes da Universidade
Federal do Rio Grande
do Sul, Rochele Zandavalli atualmente é mestranda em Poéticas Visuais pelo mesmo
Instituto. Desde 2000, integra o Núcleo de
Fotografia da UFRGS,
onde atua como pesquisadora responsável pelo Laboratório de Fotoquímica. Suas
pesquisas incluem processos artísticos em laboratório e atelier aplicáveis à
fotografia. Em sua produção destacam-se trabalhos com projeção de slides,
alto-contraste, pintura e bordado sobre fotografias, dentre outros.
Na
exposição Oculto, Rochele Zandavalli traz a público obras que são fruto de uma pesquisa
envolvendo a mistura de técnicas analógicas e digitais, tendo como resultado
duas séries complementares – uma sombria, outra psicodélica –, formando um
conjunto de alto impacto visual, carregado de simbolismos. Sobre o corpo de
dois meninos nus, a artista projeta imagens de flores e insetos, criando
texturas que aderem aos corpos dos modelos como uma segunda pele, espécie de
uniforme que faz referência ao universo pop, às HQs de super-heróis e ao mundo
da moda.
16/09 a
30/10
A exposição, intitulada Seção Invertida, apresenta uma instalação específica para o local, em que o artista trabalha com animação em computação gráfica. A animação projetada consiste em sucessivas vistas do fundo da sala, completando o trecho recortado pela tela de projeção com uma imagem que, supostamente, deveria estar ali.
Abaixo, texto assinado pela professora e crítica de arte Paula Ramos sobre a exposição Seção Invertida.
Um exercício de dúvida
O escuro e condensado ambiente da Galeria
Lunara guarda várias especificidades, a começar pela sua antiga função: nele
era armazenado e dispensado o carvão, matéria-prima para a usina que operava no
local e que dá nome ao complexo administrativo-cultural gerenciado pela
Prefeitura de Porto Alegre. Trata-se, igualmente, de um recinto expositivo que
requer um diálogo com o próprio espaço, com suas singularidades
arquitetônicas e com as relações estabelecidas com o espectador, uma vez que
este é convidado a circular pela cavidade afunilada da tremonha tendo como
anteparo finas, e aparentemente frágeis, passarelas metálicas. Apresentar um
trabalho artístico de fôlego na Lunara demanda, portanto, um mergulho
interpretativo e fenomenológico nas questões do próprio espaço. É o que Bruno Borne faz com sensibilidade, agudeza e
competência.
Seção
Invertida, título da
instalação site specific de Borne, é
composta, basicamente, de três elementos: (1) uma tela branca, esticada na
parte inferior da pirâmide invertida que domina o espaço, (2) um projetor de
imagens, junto ao teto e exatamente sobre a tela, e (3) uma animação,
articulada a partir de sucessivas vistas da mesma concavidade, que completaria,
de certa forma, a estrutura interrompida pela tela de projeção. No entanto, uma
vez que o vídeo traz uma simulação da própria tela e, não somente isso, é
composto de uma animação dentro da outra, o que Borne nos traz, na verdade, é a idéia do mise en abyme. Podemos traduzir a
expressão francesa como “cair no abismo”. Adotado fartamente na literatura, no
cinema e nas artes visuais, tal efeito explora as possibilidades de
estranhamento a partir de um retorno da obra a ela mesma. No caso de Borne e, em especial, de Seção Invertida, essa sensação é ainda
mais intensa e perturbadora, uma vez que o espectador está diante de um espaço real , diminuto e côncavo, no qual é projetada
uma imagem virtual que guarda relações inequívocas com o primeiro. Por outro
lado, como a ilusão se completa melhor quando se prepara uma situação na qual ela
é esperada, o exercício da vertigem é pleno. E isso se deve tanto ao fato de a
projeção se dar no orifício que se abre aos pés do espectador, forçando-o,
portanto, a observá-la de cima para baixo, como ao fato de a instalação
explorar a nossa dupla realidade perceptiva das imagens. Nesse sentido, o que
temos aqui é também um exercício de persuasão e retórica, que engolfa o
espectador num cenário real, mas ao mesmo tempo projetado.
Étienne Souriau nos lembra que, para a
Estética, o espaço é pensado a partir de três pontos: existe, de um lado, o
espaço da existência material, compreendendo, no caso das artes visuais, o
ambiente no qual a obra é exibida e os espectadores estão; de
outro, há o espaço diegético, correspondente ao local no qual a
ficção da obra
se realiza; e, por fim, há o liame entre os dois. De modo simplificado, podemos
dizer que há o espaço real , o virtual, com toda sua existência em
potencial, e o cruzamento entre os dois. É justamente a partir dessa terceira
situação que Borne opera, explorando as possibilidades de coincidências,
recortes e enquadramentos oriundos do diálogo entre um ambiente arquitetônico e
as simulações que produz. A identificação das semelhanças e diferenças entre
essas duas conjunturas, a real e a diegética, fica a cargo do espectador. É
ele quem, chamado a se relacionar com a obra
com toda a
extensão de seu corpo e absorvido por sensações que, num momento imediato,
provavelmente não conseguirá compreender, terá sua experiência re-significada e
ampliada. Assim, na ambigüidade e na imbricação de conceitos e linguagens, Bruno Borne nos oferece uma possibilidade de oxigenar
nossas percepções, amainar as certezas e intensificar as dúvidas, lembrando
que, como diria Bertolt Brecth, das coisas seguras, a mais segura é sempre ela,
a própria dúvida.
Crítica
de arte, professora junto ao Instituto de Artes da UFRGS
Avalanche - Estacione em Porto Alegre
25/11/2010
a 03/01/2011
Um dos mais
atuantes coletivos de artistas da capita l gaúcha, a Avalanche
ganha espaço na Usina do Gasômetro a partir de convite da Coordenação de
Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura. Além de uma
mostra de filmes, iniciada já na semana passada e que se estende até 28 de
novembro, a Avalanche inaugura no dia 25 de novembro,
quinta-feira, às 19h, duas exposições na Usina, uma na Galeria dos
Arcos (no térreo) e outra na Galeria Lunara (5º andar).
No mesmo dia, às 21h, a Avalanche lançou na
Uma produtora de filmes rea
Para além do desgastado rótulo underground, e muito aquém do temerário mainstream, a Avalanche opera e trans
Nenhum comentário:
Postar um comentário