terça-feira, 6 de maio de 2014

2004

Resumo de 2004

Seu Olhar – de Klacius Ank Guarino
05/02 a 21/03/2004 

Ilex Mathetype – de Andréa Brächer
02/04 a 16/05/2004  

Carvão – de Carla Venusa
25/05 a 04/072004  

Zero – de Eduardo Aigner
13/07 a 29/08/2004 

Translúcida Noite – Gabriel Schmidt
16/09 a 24/10/2004  

Corpo Refém – Bruno Gularte Barreto
18/11/2004 a 05/01/2005   

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Seu Olhar – de Klacius Ank Guarino
05/02 a 21/03/2004 

Seu Olhar, de Klaucius Ank Guarino, reúne dezoito imagens de meninos de rua clicados em diferentes pontos do Rio de Janeiro. Klacius percorreu as ruas da Cidade Maravilhosa nas noites do último ano, fazendo retratos de crianças e adolescentes anônimos. Durante a captação das imagens, um dos modelos de Klacius Ank se tornou assistente em algumas das sessões de fotografias, gerando uma relação de confiança entre os dois. Essa aproximação facilitou o acesso do artista ao personagem, que geralmente são vistos com distância pelos moradores e visitantes da cidade carioca.

Klacius Ank Guarino nasceu em Três Rios, interior do estado do Rio, em 8 de junho de 1971. Formou-se em Comunicação Social pela Universidade do Rio de Janeiro. Atualmente é editor de imagem da Rede Globo, e paralelamente atua como fotógrafo. Essa atividade já lhe rendeu menções honrosas no 1º Concurso Fotográfico do Parque Nacional da Tijuca, no 1º Salão Internacional do Centro Fotográfico Argentino e no 1º Concurso Fotográfico Cultural Leica.

Ilex Mathetype – de Andréa Brächer
02/04 a 16/05/2004  
A série Ilex Matetype, apresentada por Andréa Brächer na Galeria Lunara é resultado de pesquisas sobre processos fotográficos históricos, iniciados em 2003. A artista utiliza como emulsão fotossensível sucos vegetais e, especificamente nesta mostra, usa como emulsão o chá de erva-mate, que resulta em um quase desaparecimento das imagens causado pelo processo fotográfico.

A pesquisa da artista  está centrada nos Phytotypes, que são fotografias feitas com a emulsão fotossensível de sucos de vegetais e descrita pela primeira vez em 1842, por Sir John Herschel, no artigo On the Action of the Rays of the Solar Spectrum on Vegetable Colours, and on some new Photographic Processes.i
O Phytotype é um processo fotográfico pouco conhecido. Na base desse tipo de emulsão, empregam-se pétalas de flores, legumes, folhas ou frutas silvestres – também denominados “sucos vegetais” diluídos em água ou álcool. É considerado por autores contemporâneos um processo “realmente seguro”

Carvão – de Carla Venusa
25/05 a 04/072004  

 O contexto da exposição apresentou imagens em preto-e-branco, trabalhadas em alto contraste, formando um conjunto de desenhos tramados por galhos e troncos e recortados da natureza pelo olhar da artista. Presente no céu e nos espaços entre as imagens, “o branco forma uma rede, ou uma renda”, como percebe a artista. Carla trata de falar poeticamente do ponto de fuga que nos resta ao caminhar pela metrópole. “Com o olhar na horizontal bloqueado pela paisagem urbana, o que resta, na tentativa de enxergar longe, é o olhar na vertical, ainda que seja para atestar um estado de quase cegueira”, revela Carla.
 Em seu extenso currículo, a artista dedica-se às artes visuais, tendo especial enfoque na fotografia, na pintura e no desenho. Em julho próximo, Carla estará expondo no Fotoarte 2004 – Festival de Fotografia de Brasília, além de ter participado também de coletivas como o Prêmio Porto Seguro de Fotografia, SP-2003. Esteve, ainda, no projeto Cria da Casa, organizado pela galeria Espaço Anexo, SP-2003; Casa das Rosas, SP-2002. Dona de um estilo pessoal, Carla teve ainda diferentes trabalhos selecionados para participar dos Salões de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto, 2001 e 2003, e Piracicaba, 2002. A mostra “Carvão”, de Carla Venusa, pode ser vista de terças a domingos, no horário das 10h às 22h, com entrada franca.

 A mostra é composta por seis fotografias em grande formato (90cm x 120cm), compondo uma curiosa montagem que produz um diálogo entre a imagem e seu entorno.

Zero – de Eduardo Aigner
13/07 a 29/08/2004 
exposição do fotógrafo Eduardo Aigner compõe-se de seis auto-retratos,. As imagens são entendidas neste ensaio como uma forma de (auto) conhecimento, um espelho que filtra, por suas próprias e fundamentais características, a essência do retratado.
A técnica utilizada consiste no uso de filme fotográfico plano de alto contraste, montado com auxílio de fitas adesivas em chassis de 4x5 polegadas. As imagens foram realizadas em uma câmera técnica e processadas em revelador químico com alta temperatura. As cópias foram feitas de modo fragmentário, em módulos que, compostos, geram a imagem final em painéis de 250x90cm.  
           


Translúcida Noite – Gabriel Schmidt
16/09 a 24/10/2004  

Apresentar uma coleção de fotografias que trate de revelar uma nova atmosfera, densa e disforme, ambiente predominante nas monocromáticas noites de chuva, é a proposta da exposição  Translúcida Noite, composta por 18 imagens P&B, captadas entre os anos de 2002 e 2004 pelo fotógrafo gaúcho Gabriel Schmidt.
As fotografias tratam de lançar um novo e alterado olhar, sobre um fenômeno normal e corriqueiro como a chuva. Assim, o projeto não priorizou retratar grandes tempestades, trovões ou alagamentos, mas sim, cenas reais e comuns como pessoas voltando para casa ou uma rua deserta.
A presença de uma série de interferências nas imagens noturnas de Porto Alegre gera o resultado do trabalho, desenvolvido de maneira clássica: com negativos preto e branco, que possibilitam não só uma certa fidelidade às imagens noturnas, mas também, segundo o fotógrafo, um controle mais preciso do resultado final.

Corpo Refém – Bruno Gularte Barreto
18/11/2004 a 05/01/2005   

Um dos selecionados pelo edital de ocupação da Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro, o jovem fotógrafo Bruno Gularte Barreto apresentou a exposição Corpo Refém. Além de fotógrafo, Bruno Gularte Barreto, que é formado pela primeira turma de Realização Audiovisual na Unisinos, também é desenhista, designer e diretor de arte. A exposição Corpo Refém é formada por 10 fotos, quatro em tamanho 60x90 e seis em tamanho 50x75,7 cm, e tem curadoria de Jaqueline Joner.


         Com texto de apresentação assinado pelo jornalista Vitor Necchi, Corpo Refém reúne fotos de corpos besuntados de argila e tinta. Usando suporte digital, Bruno manipula as imagens e depois as fotografa pelo método tradicional, conseguindo texturas e contrastes inusitados e originais.

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